China perderá fôlego, prevê economista
24/02/12 10:20Em artigo publicado nesta sexta-feira na Folha de S.Paulo, o economista Eduardo de Carvalho Andrade afirma que o crescimento da China “não pode ser considerado um milagre”, já que o país era, até há pouco, de renda baixa e tecnologicamente atrasado.
“À medida que a diferença entre os desenvolvimentos tecnológicos da China e da fronteira do mundo se reduz, o mesmo ocorrerá com as suas taxas de crescimento”, afirma Andrade, professor do Insper (Instituto de Ensino e Pesquisa). “É verdade que os chineses investem substancialmente em educação e que os pais cobram dedicação dos seus filhos aos estudos. Mas eles vão ter de parar de imitar e vão ter de criar, o que é mais difícil.”
A íntegra do artigo, apenas para assinantes, está aqui.
O que não deve nunca acontecer é a China tornar um país com mais liberdade, inclusive e principalmente a midia !, o resto são retóricas !
Como dizia o velho deitado: a China sempre será uma ditadura de um partido o PC chines, democracia em um país de quase dois bilhões de pessoas, é um sonho somente, infelizmente!
Sem previdencia, aposentadoria, garantias trabalhistas e olha que a grande maioria da população esta acima de sessenta, não que a pessoa acima de sessenta nao seja mais produtiva.
Resumindo a China vai ser a fabrica para o mundo por muito tempo, varias multinacionais tem fabricas neste país, onde o lucro é impar!
Fabiano, sem palavras para descrever este blog!!! Excelentes temas e recomendações de leitura! Grande abraço, GFDG.
Para aqueles que adotaram a cantilena de que os chineses são meros copiadores, para de certa forma, justificar seu posicionamento ideológico (ou talvez até dar abrigo a outras formas de preconceito contra aquele país), sugeriria dar uma lida nos links do blog Todomundo, hospedado no site clicrbs, da RBS, afiliada da Rede Globo no RS.
http://wp.clicrbs.com.br/todomundo/2010/05/29/o-que-os-chineses-inventaram/
http://wp.clicrbs.com.br/todomundo/2010/05/29/mais-invencoes-chinesas/
http://wp.clicrbs.com.br/todomundo/2010/05/30/394/
O que li demonstra que não temos aqui dois racíocios. o que é sugestivo `a matéria.
Um dos fatores competitivos, muito encontrado em ditaduras, é a mão-de-obra semi-escrava.
Porém, visto que hoje grandes países consumidores passam por ajustes políticos, economicos e comerciais, preços baixos X quantidades talvez não sejam sufientes para escoar produção.
Daí concordo com ambos que mudar uma filosofia industrial tomará tempo e hoje este fator é mais preponderante que nos primórdios
NA MINHA HUMILDE VISÃO, ACREDITO QUE ESTE CENÁRIO DO CRESCIMENTO CHINÊS, IRÁ PERDURAR POR MUITO TEMPO AINDA, VISTO QUE HOJE TEM PARTICIPACAO EM QUASE TODA ECONOMIA MUNDIAL.
O QUE É LAMENTÁVEL ESSA TRIBUTAÇÃO QUE SOFREMOS, NÁO DANDO A MÍNIMA CHANCE PARA PODERMOS COMPETIR.
UM DIA QUEM SABE.
O Japão, depois de derrotado na II guerra, se reergueu, primeiro fazendo as famigeradas cópias japonesas, de brinquedos, de eletrodomésticos, de carros, depois transformando-se num pólo de tecnologia e qualidade. O segredo foi justamente a educação e a filosofia oriental de disciplina e dedicação.
Um país milenar e com a riqueza cultural que a China tem, não terá dificuldades em criar. O processo acontecerá, pouco a pouco.
O grande problema na China ainda são as instituições. Quando isso mudar, eles se tornarão a maior potência do planeta.
Pois é, o caro professor deve achar que foi realmente um milagre que os copiadores chineses no passado tenham inventado papel, pólvora, bússola, etc…
Menos ideologia e/ou preconceito faria com que “teses e/ou opiniões” fossem mais justas.
Hugo,
Acho que você deveria ter menos preconceitos quando ler um texto. Ele não disse em momento algum que não são capazes de criar conhecimento novo. Ele apenas citou um FATO que criar conhecimento é mais demorado que copia-lo e, sendo assim, as taxas de crescimento irão diminuir e ficar mais próximas de países que criam conhecimento, como EUA, Japão e outros. Antes de criticar você deveria ler ao menos o artigo em sua integra. E se leu e não entendeu deveria ao menos não opiniar de maneira tão tosca.
Perdoe-me ó iluminado mestre da Língua Portuguesa! Apenas interpretei conforme meu humilde conhecimento da nossa língua a última frase do post: “Mas eles vão ter de PARAR DE IMITAR E VÃO TER DE CRIAR, o que é mais difícil.”
Sem mais para o momento, senhor filólogo…
Alexandre,
Acredito que o que o Hugo quis dizer é que o autor do texto está imbuido de preconceito (típico dos ocidentais) ao “prever” o desaquecimento da economia chinesa por fatores que por si só não sustentam a tese.
O autor, ao meu ver, como muitos economistas americanos desejam ardentemente que a economia chinesa perca o fôlego e fazem sucessivas previsões de quando isso se dará, mas a verdade é que quando chegam as datas isso nunca ocorre.
O crescimento chinês é tão grande que supera até mesmo as estimativas do governo local mesmo em tempos de crise.
A China não cresce para melhorar a renda de sua população e diminuir sua fronteira tecnológica com o mundo. Cresce pois atualmente é o país mais competitivo para a indústria mundial, possuindo recursos físicos e humanos a baixo custo e abundância. E continuará crescendo estrondosamente enquanto seja superior nestes dois pontos a média mundial. Noto uma inversão causa consequência na tese do economista.
Também achei o início do texto do um pouco prepotente.
O que ocorre hoje é o mesmo tipo de preconceito que ocorria em relação aos japoneses no início. Eles eram tidos pelos norte-americanos como “imitadores”, “copiadores”, etc. Mas depois mostraram que possuem a capacidade de inovação não é uma exclusividade dos “ocidentais”.