Fenômenos estranhos nas relações sino-brasileiras
21/03/12 15:31Por Zhou Zhiwei, de Pequim*
Sendo especialista chinês quanto a assuntos relacionados ao Brasil, tive a sorte de participar do projeto do BRICS Policy Center (BPC), no Rio de Janeiro, no mês passado. Naquele período, troquei ideias com vários estudiosos, incluindo os do BPC, sobre as relações sino-brasileiras e os países de BRIC, e entendi mais profundamente como os intelectuais e a mídia brasileiros vêem as relações entre os dois países. Mas esse conhecimento também me causou preocupação, pois tenho notado alguns fenômenos estranhos entre a China e o Brasil.
Em primeiro lugar, o conhecimento recíproco nos círculos de política, de comércio e acadêmico é limitado. Do ponto de vista do Estado, os dois governos estabeleceram alguns mecanismos de diálogo bilateral e assinaram uma série de cooperações, incluindo o Plano de Ação Conjunta. Mas esses mecanismos não andaram bem, como a Cosban (Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação), revelando que falta, em ambos os lados, vontade política para promover as relações bilaterais.
Do ponto de vista comercial, mesmo com os números recordes, o volume (incluindo o investimento) vem principamente das empresas estatais dos dois países, carecendo da participação dos setores privados. Isso mostra que os avanços das relações entre a China e o Brasil sempre dependem da promoção governamental.
Na área acadêmica, os estudos entre a China e o Brasil se mantêm num nível baixo. Nem os “think tanks” da China nem os brasileiros conseguem ainda ter uma influência intelectual suficiente na tomada de decisões dos governos.
O conhecimento mútuo entre os dois povos é ainda mais carente. Posso dizer que o conhecimento dos brasileiros sobre a China, o maior parceiro comercial e a maior origem de investiimentos externos do Brasil, é menor do que sobre o Egito. E vice-versa.
O pensamento dos brasileiros quanto às relações entre a China e o Brasil é limitado. A cooperação entre os dois países espalha-se em áreas diversas, mas foca principalmente os campos econômico e comercial, especialmente nas áreas de competição mais intensa, sobretudo no setor industrial. No entanto, se o conhecimento entre os dois países apenas se mantiver no nível econômico e comercial, distorcerá o significado das relações sino-brasileiras.
A China e o Brasil possuem boas relações políticas, com uma coordenação e cooperação internacional estratégica e eficiente. Num certo sentido, a cooperação dos dois países na área de assuntos internacionais responde à demanda da estratégia global da parte brasileira e, por isso, tem mais sentido do que a cooperação na área comercial. Consequentemente, se as relações sino-brasileiras limitarem-se no âmbito comercial, fará mais mal do que bem ao Brasil.
Em comparação, acho que a China esteja adotando uma atitude mais completa e pragmática em termos de promoção de relações bilaterais, focando-se mais na expansão de conteúdo e no aumento de qualidade de cooperação nas coordenações de níveis bilateral e multilateral dos dois países, evitando que a divergência parcial afete a situação cooperativa integral. Pensando nisso, a China tem feito mais concessões nas fricções econômicas e comerciais entre a China e o Brasil.
Em terceiro lugar, a atitude dos brasileiros em relação à China é bastante complexa. As diferenças do sistema político, das tradições históricas e culturais e de pensamento resultam numa atitude às vezes contraditória dos brasileiros quanto à China.
Primeiramente, do ponto de vista econômico, durante 23 anos, de 1989 até 2011, o Brasil registrou déficit apenas por 7 anos. De 2001 a 2011, o Brasil teve déficit apenas em 2007 e em 2008. Por isso, as trocas comerciais entre os dois países fizeram um papel positivo em termos de balança de pagamentos do Brasil. Em 2011, o Brasil teve um superávit de US $ 11,5 bilhões, respondendo por 38 % do saldo favorável no comércio com a China. Mesmo assim, o Brasil está exigindo que a China importe mais produtos brasileiros e implemente limites à exportação para o Brasil.
Em contraste, o Brasil não reclama muito com alguns países com quem tem um grande déficit, como os Estados Unidos e Alemanha. Sem dúvida, isso é dificil de entender. É óbvio que, para sustentar o desenvolvimento de comércio entre os dois países, a China e o Brasil devem melhorar a estrutura de comércio bilateral. Mas, para o Brasil, o mais importante é melhorar a competividade internacional e fomentar uma boa reputação dos produtos brasileiros na China. Para os produtos que querem entrar no mercado chinês, o acesso ao mercado é importante. Mas a competividade do produto também é crucial.
Em termos de cooperação nos assuntos internacionais, o Brasil tem ganhado muito na cooperação Sul-Sul. A cooperação entre o Brasil com outros países do Brics aumenta a influência global do país. Dentro do mecanismo do Brics, o Brasil pretende realizar as suas aspirações na comunidade internacional contando com a China. No entanto, na cooperação específica, o Brasil mostra uma certa discordância e desconfiança em relação aos sistemas de economia e de política, que no final afeta os interesses comuns e a eficiência da cooperação bilateral.
Como dois países emergentes, a China e o Brasil precisam se conhecer melhor, diversificar os contatos e ligações e, mais importante, compreender e desenvolver as relações bilaterais no nível estratégico. Assim, a cooperação entre os dois países pode se manter sólida e sustentável.
Zhou Zhiwei é especialista em Brasil do Instituto da América Latina da Academia Chinesa de Ciências Sociais e secretário-geral do Centro de Estudos Brasileiros. Foi pesquisador visitante de relações internacionais na USP e no BRICS Policy Center da PUC-RJ. As suas principais áreas incluem estudo sintético do Brasil, política externa, estratégia internacional do Brasil, relações bilaterais e integração latino-americana.
*A partir desta quarta-feira, Zhou Zhiwei passa a escrever quinzenalmente para o blog.
Caro Zhou Zhiwei,
Acho que você se esquece que o problema não é o deficit ou superavit comercial, mas na pauta de exportações. Se o Brasil tem superavit exportando minério de ferro da Vale e importando bens de consumo, como computadores e máquinas, trata-se de uma relação desvantajosa. Antes da viagem a presidente estudou um documento produzido pelo Ipea que você deveria ler. Mostra em detalhes como o atual nível de relações tem sido deletério para a economia nacional.
De qualquer forma, parabéns pelo trabalho. Um abraço.
É uma grata surpresa a presença do pesquisador Zhou Zhiwei nesse espaço. Parabenizo o Fabiano Maisonnave por essa iniciativa. Zhou Zhiwei é um pesquisador sério e com contribuições relevantes para aproximação entre China e Brasil, principalmente na área acadêmica. Sua profunda amizade pelo Brasil é outro aspecto que merece ser aqui mencionado. Concordo quando o mesmo afirma que é necessário aprofundarmos o conhecimento mútuo. E eu diria que esse conhecimento deve ir além dos conhecimentos mais tradicionais desenvolvido pelas academias, empresas e governos. Não é mais possível países tão relevantes nas decisões da política internacional continuarem na sua ignorância mútua. Superar esse desconhecimento é uma tarefa de muitos. A presença do Dr. Zhou Zhiwei nesse espaço reforça o trabalho de muitos que já atuaram ou atuam nessa direção.
O Brasil não foge da forma com que a maioria dos países ocidentais encara a China, principalmente se o dito país ocidental for “democrático”: forte viés ideológico que, muitas vezes dependendo do grau de ideologização – que dependerá da política interna do país – acaba dando azo a preconceitos longamente arraigados, especialmente, de ordem cultural.
Veja, por exemplo, que o Japão, por ser digamos, “afinado” com o padrão político-ideológico dominante no Ocidente (eufemismo para ‘já submisso as doutrinas políticas ocidentais’…), já conta com a simpatia e uma maior “boa-vontade”, que muitas vezes, a China – mais precisamente, o governo chinês – não encontra com estes mesmos interlocutores ocidentais.
Digo, ‘governo chinês’, pois certamente Ai Weiwei, Liu Xiabo ou quaisquer outros ativistas políticos que façam da oposição ao governo chinês como sua profissão de fé, seriam recebidos como superstars na grande maioria dos países ocidentais.
Esse é o “preço” que a China paga, por “desafiar” o Ocidente, ao não optar pela submissão, que é a tradicional forma de “alinhamento” que os “ocidentais” esperam dos “não-ocidentais” (vide o já citado Japão, ou a Arábia Saudita…)
Que moral torta a sua!
Você não deve achar que as autoridades brasileiras têm o direito de colocar na cadeia quem discorda e se opõe aos governantes.
Por que acha que o governo da China deveria ter esse direito?
Já que postou seu comentário como “resposta” ao que escrevi, pediria, ao menos, se não lhe for incômodo, tendo em vista a minha limitada compreensão dos fatos, que ao me contestar, o fizesse rebatendo meus argumentos com fatos ilustrativos da sua argumentação, como, por exemplo, a que eu fiz ao aludir o tratamento diferenciado que China e Japão recebem do Ocidente. Obrigado.
*Moral torta = se eu “babar ovo” aos conceitos políticos vigentes no Ocidente, poderei ter minha moral endireitada? Rsrs…
Para finalizar: não estou dizendo que os acadêmico chineses não tenham razão em diversas coisas que dizem. Apenas demonstrei minha insatisfação com o caráter “ensaiado” da homogeneidade de pensamento da academia chinesa.
Não deixa de ser irônico que as críticas à falta de independência dos acadêmicos chineses venham de um colega brasileiro que prefere o anonimato e recorre a um pseudônimo.
O uso de pseudônimo preserva o Walter Mercado de retaliação. Qual a ironia?
Caro Vista Chinesa.
Até onde eu saiba, o uso de pseudônimo não diminui a independência, muito pelo contrário. O que se busca com seu uso não é fugir de um possível “pensamento único” brasileiro – coisa a meu ver impossível de ocorrer até porque não há sequer sombra de uma “visão oficial” das relações Brasil-China pela parte brasileira – mas sim preservar o espaço de debate com o outro lado.
Outro exemplo que já presenciei diversas vezes é o autismo dos acadêmicos chineses quando abordamos o comércio bilateral com o Brasil. Quando apontamos a enorme diferença qualitativa no comércio, os acadêmicos chineses, assim como você, desconversam e vêm com a história de que o Brasil sempre possui superávit comercial. Quando menciono as dificuldades impostas pelo governo chinês às exportações pela Embraer e a pirataria descarada que a China tem feito com os aviões da empresa – e também com os aviões da russa Sukhoi – novamente, os “acadêmicos” chineses desconversam. Infelizmente, num país onde chega-se à cara de pau de piratear uma loja inteira da Apple, os acadêmicos estão a serviço do governo – e eu sei do que estou falando porque estou em constante contato com “acadêmicos” chineses.
Caro Zhou Zhiwei,
já tive contato com diversos acadêmicos chineses, oriundos de diversas instituições. Infelizmente não há vida independente na academia chinesa. Um exemplo: a presença da China na África. Textos de acadêmicos chineses sempre vêm com aquela ladainha de que os empréstimos chineses não têm condicionalidades, quando sabemos que eles exigem o suprimento de insumos por empresas chinesas, inclusive de trabalhadores, tendo como resultado a geração pífia de empregos nos países que recebem os empréstimos.
Excelente debate! Se alguém está preocupado com fato de que a balança comercial brasileira com a China só tem exportações de commodities, sugiro olhar nossa balança comercial com o Japão, Coreia, Alemanha, Europa em geral e o próprio Estados Unidos (que, aliás, é deficitária). A China virou bode expiatório da nossa falta de competitividade em alguns setores porque passou a exportar a países menos competitivos e menos industrializados para os quais exportávamos(América Latina, África). Como o mundo todo,principalmente os americanos, estão preocupados com a máquina exportadora chinesa e estão botando a boca no trombone contra o fenômeno que eles próprios ajudaram a criar, fica mais fácil para os setores prejudicados no Brasil fazer parte do coro e demonisar a China! Lá na China também tem setores esperneando contra o monopólio de alguns setores brasileiros!
A China é uma realidade e não adianta ficar esperneando, tem de trabalhar duro e achar meios de explorar o lado positivo desse crescimento chinês.
Para pensar, quem tiver mente aberta e um pouco de inteligência para isso: o Brasil está melhor agora, depois do grande crescimento chinês, ou antes, quando dependíamos do comércio com as potências ocidentais? A maioria dessas potencias ocidentais construíram seu poderio econômico expoliando suas colônias. A China compra suas commodities pagando preços de mercado. Se mesmo assim conseguem competir é porque devem ter algum mérito, produtividade. O Brasil está vivendo quase pleno emprego, o padrão de vida da população está subindo, estamos tendo uma chance única de romper a barreira do subdesenvolvimento. A maioria das nossas mazelas são de nossa inteira responsabilidade e não adanta ficar culpando os outros. Temos de olhar com mais seriedade nossa relação com a China. Não é uma questão de amizade nem de alinhamento político. É uma questão de interesse! Em qualquer negociação o ponto de partida é definir os princípios que devem ser respeitados e os interesses a serem atendidos. Brasil e China estão perdidos entre um e outro! Temos que entender claramente onde estão nossos interesses maiores, agir de acordo com nossos príncipios e evitar o lobby de interesses menores que existem tanto na China como no Brasil. As relações entre Brasil e China não são uma escolha, são um imperativo, e os dois países deveriam olhar isso da mesma forma. Por enquanto, estamos dando as costas para realidade, daí os fenômenos estranhos mencionados pelo articulista. Com pleonasmo e tudo, Brasil e China precisam encarar de frente sua relação. Mas grandes alianças e entendimentos entre países talvez não sejam uma tarefa para burocratas, empresários ou políticos menores, é uma tarefa para Estadistas!
Concordo plenamente. Acredito que o fenomeno China pode trazer a tona ineficiencias brasileiras que foram geradas a muito tempo atras e esquecidas. Eh tempo de discutir o Brasil, sua ineficiencia logistica, suas leis trabalhista, previdenciaria e tributaria atrasada. Seu Estado grande, lento, pesado. Vamos fazer o dever de casa, como os chineses, e os resultados aparecerao. Capacidade tecnica temos.
Em relação às perguntas do Brasil-sil-sil , gostaria de compartilhar dois artigos, “repensando a China”, de Financial Times e “Theme and variations State capitalism is not all the same”, de The Economist, acredito que dará uma ajudinha.
No que diz respeito a relação entre a China e o Brasil, vamos imaginar dois irmãos adultos, cada um já tem sua própria família, mas ambos vivem da, digamos, técnica de fazer pão que aprenderam com o pai. Então, sim, têm que competir em mesmo mercado, mas isso não significa que têm que se dar mal, mas ao contrário, um apoia outro na maioria dos assuntos da comunidade que vivem. E a relação entre a China e o Brasil não pode ser descrita com uma só palavra, seja superávit ou déficit.
Tenho morado em Brasil por 4 anos. Notei também que o conhecimento recíproco entre dois países é muito limitado. Do lado da China sobre Brasil, a maioria é sobre futebol, carnaval, samba, etc. Do lado Brasil sobre China, é principalmente da comida chinesa como frango xadrez, grande muralha, etc. É uma grande pena para os dois países que possuem uma relação de cooperação comercial e econômica tão intensa. Os dois povos são inteligentes e simpaticos, e merecem uma vida melhor. Embora existem bastante diferências históricamente e culturalmente entre os dois países, vale a pena de tentar procurar interese comuns no desenvolvimento dos ambos lados, tais como trocar tecnologias industriais, promover mais atividades, e organizar eventos culturais, seminários acadêmicos no âmbito non-governamental, etc. Assim as duas nações podem entender bem um dos outro, e benificiará os dois povos. O mundo não tem fronteiras e barreiras, são os seres humanos quem colocam tudo isso. Espero que cada um tem consciência positiva, e dedicar um pequena esforço para isso melhorar.
Você fala no protagonismo das empresas estatais. Mas toda empresa chinesa é obrigada a ter participação estatal, não?
Ou toda empresa chinesa é obrigada a ter um sócio chinês?
Ou nada disso?
Todas as empresas sempre procuram o lucro, e as empresas estatais chinesas não são diferentes.
Acho que as empresas privadas chinesas darão cada vez mais atenção às oportunidades nos mercados emergentes, no Brasil e em outras regiôes.
Mas existem empresas 100% privadas na China?
Existem, inclusive estrangeiras. O modelo chines é muito parecido com o que o Brasil tinha durante o regime militar. Ditadura, planejamento central através da grandess estatais
Continuando, o setor privado nacional, as multinacionais (o famoso tripé do desenvolvimento), arrocho salarial, cambio artificialmente desvalorizado, pouca preocupação ambiental e a democracia era “relativa”. O Brasil evoluiu em muitos nesses quesitos e a China também está evoluindo. Vou freqüentemente a China é a evolução em todas essas áreas é impressionante! Mas ainda tem muito a melhorar e isso virá inevitavelmente com mais abertura do mercado, mais reformas e mais crescimento econômico. Não será diferente do que aconteceu com outros países asiáticos como Japão (a democracia foi implantada pela força das armas), Coreia, Singapura, etc!
Os “acadêmicos” chineses… ovelhinhas do Partido Comunista da China… marionetes repetidoras de platitudes sob a orientação da cúpula partidária…
artigo que dispensa comentários, acredite quem quiser…
A Academia Chinesa de Ciências Sociais, para quem não sabe, é subordinada ao Conselho de Estado.
Que pena a imagem da CASS seja esta, marionete!!!!
De fato, eu gostaria discutir com os amigos brasileiros sobre qualquer tema. Dou minhas opiniões, provavelmente, vocês não concordarão comigo, mas podem mostrar suas opiniões, para que possamos discutir e aprofundar nossos conhecimentos.
Sim, a Academia Chinesa de Ciências Sociais é subordinada ao Conselho de Estado, mas não é correto achar que seja só uma marionete do Partido Comunista da China.
Culpar outros é a forma mais rápida e barato para justificar seus próprios erros e fracassos; características tipicas de países sub-desenvolvidos.
Este comentário foi enviado por e-mail pelo leitor Marcelo Bormann Zero e publicado a pedido:
Concordo, em linhas gerais, com o artigo. De fato, a ignorância é muito grande e as avaliações sobre a China são, frequentemente, eivadas de preconceitos. O nosso comércio bilateral com a China é francamente superavitário. No ano passado, tivemos US$ 11, 5 bilhões de superávit. Nos últimos três anos, foram mais de US$ 20 bilhões, algo muito importante, num cenário de crise internacional. Em contrapartida, com os EUA tivemos, em 2011, mais de US$ 8 bilhões de déficit. Entretanto, dos US$ 44 bilhões que exportamos para a China em 2011, apenas US$ 2 bilhões foram de manufaturados, ao passo que, dos US$ 25 bilhões que exportamos para os EUA, mais de US$ 11 foram de manufaturados. O Brasil, obviamente, está preocupado com a competitividade de sua indústria. Isso gera desconfianças, em relação à China. Porém, acho que há espaço, nas relações bilaterais, para uma maior cooperação tecnológica e industrial com a China.
Caro Marcelo, concordo com você, há questões a serem resolvidas com urgência nas relações Brasil-China, também há espaço amplo para uma maior cooperação entre Brasil e China, dois países emgerentes importantes.
É impressionante o grau de alinhamento dos “acadêmicos” chineses às diretrizes oficiais. Eles sempre repetem as mesmas coisas, só fogem um pouco à lavagem cerebral depois de alguns drinques.
Caro Walter Mercado, você pode fazer qualquer comentário às minhas opiniões mencionadas neste artigo, então qual é sua opinião? Diga, por favor!
Acho que não é uma boa maneira fazer uma consideração final apenas com “lavagem cerebral” dirigida aos acadêmicos chineses.
Abs
Culpar outros eh a forma mais rapida e barato para justificar seus proprios erros e fracassos; caracteristicas tipicas de paises sub-desenvolvidos.
O texto do senhor Zhou deveria ser considerado pelos políticos e empresários do nosso país. Ter uma política comercial de dois pesos e duas medidas é uma atitude típica daqueles que só pensam em si mesmos e é o caminho mais curto para o fracasso diplomático e comercial.
Caro amigo, concordo com o senhor, acho que não só Brasil, também China, ainda não fez uma boa preparação e perspectiva aos relações atuais Brasil-China que já chegaram em um nível mais alto nos últimos anos.
Os dois países têm que pensar como olham-las para frente no futuro.
Mudando de assunto, o que está acontecendo com Wang Lijun e Bo Xilai?
Estão os dois presos? A queda do Bo Xilai aliviou a situação do Wang Lijun? Ou a visita dele ao consulado americano por si só já acaba com ele?
Na minha opinião, o caso de Wang Lijun ainda não chegou ao fim. Espero que eu possa explicar um pouco nos meus proximos artigos nesse blog.
Por favor! Essa história está muito interessante! Gostaria muito de saber quem está em qual lado, por quais motivos, o que se passou no consulado americano e as conseqüências disso.
Gostaria também que você eventualmente abordasse os próximos desafios da China:
1. Eventualmente todas as empresas com interesse em ir para a China já terão ido. E aí? Como impulsionar o crescimento chinês?
2. E a tão falada bolha imobiliária? Existe mesmo? Caso exista, seu estouro seria realmente tão desastroso?
3. O governo planeja promover reformas democráticas ou vai continuar investindo na repressão e correndo o risco de uma revolta popular derrubá-lo?
Afff, descordo completamente…
Alan:
eu discordo frontalmente da sua descordancia !