Higiene e segurança dos alimentos: o que os chineses devem comer?
20/04/12 10:30
Por Zhou Zhiwei, de Pequim
No fim de 2011, a China publicou o livro branco “Novos Progressos de Desenvolvimento e de Alívio da Pobreza nas Áreas Rurais da China”, anunciando que, após ter adotado uma série de medidas para aliviar a situação de pobreza nas regiões rurais, o país já resolveu, no geral, o problema de falta de comida e roupa aos residentes rurais e está se livrando da pobreza extrema. Tendo em vista a urbanização relativamente baixa da China (46,6% em 2010) e a pobreza concentrada nas áreas rurais, o conteúdo desse livro pode ser entendido como “a China já resolveu o problema da pobreza extrema”. Considerando a enorme população, o alívio da pobreza da China pode ser visto como uma magnífica façanha na história do ser humano.
Agora, com o problema da falta de alimentos ficando para trás, “O que comer?” e “Se come bem?” se tornam próximo foco de trabalho para o governo. Comer de forma higiênica e nutritiva obviamente é a próxima meta das políticas de alimentos do governo e um grande desafio para os chineses.
A mídia chinesa revela, quase todos os dias, uma grande quantidade de infrações cometidas pelas empresas de alimentos: a rede McDonald´s usa produtos vencidos; os supermercados mudam o prazo de validade; fabricantes de alimentos utilizam aditivos ilegalmente; os restaurantes cozinham com óleo de má qualidade; os comerciantes pequenos vendem ovos artificiais etc. Esses casos horrorosos colocam os chineses numa situação de escolha: passar fome ou se arriscar a uma comida com possíveis problemas de qualidade.
Chen Junshi, da Academia Chinesa de Engenharia projetou, com base num monitoramento ativo de doenças transmitidas por alimentos, que, em média, um em cada seis chineses morre devido a essas enfermidades. Segundo definição da Organização Mundial de Saúde, trata-se de doenças infecciosas ou tóxicas contraídas por meio da ingestão de alimentação com patógenos. Obviamente, as doenças transmitidas por alimentos não existem apenas na China _ também se encontram em outros países de desenvolvimento até em alguns países desenvolvidos.
As tecnologias nos trazem as conveniências, como os transgênicos, com os alimentos de alta qualidade, mas também nos colocam diante do grande desafio de segurança, como a produção de ovos artificiais. Ainda me lembro de que, quando estávamos a passar fome no passado, comer num restaurante era um luxo. Contudo hoje significa colocar a vida em risco. “Refeições em casa” viraram uma escolha inteligente.
Então, se não podemos recusar o avanço de tecnologias, precisamos nos esforçar para baixar o risco de outras maneiras. Em primeiro lugar, o mais importante é a ética nos negócios e a questão de integridade. A colheita de lucros dos comerciantes é uma regra universal nos negócios. No entanto os consumidores têm direito a consumir os produtos e serviços de boa qualidade. Os fabricantes que produzem comidas e serviços defeituosos devem ser criticados como imorais e castigados pela lei. Isto é, um controle tanto moral quanto da supervisão do governo.
A China tem regulações e regras relativamente rígidas em termos da segurança de alimentos, feitas com os parâmetros das normas internacionais dos Estados Unidos. Mas o problema é que a gestão e a supervisão do governo são insuficientes, o que resulta no fracasso para a implementação dessas normas. Para isso, especialistas chineses sugerem que o modelo de gestão de segurança alimentar da China deva ser transformado do modelo atual de “amostragem de mercado e revelação pela mídia”, de ação após a ocorrência, para o modelo de gestão preventiva, de “controle do começo ao fim, rastreabilidade do produto, garantia de integridade, avaliação de risco e aviso de risco”.
No último fim de semana, perguntei ao meu filho, Paulinho, de 4 anos, o que ele queria comer fora. Após ter visto tantas revelações na TV sobre a situação da higiene e segurança de alimentos da China, respondeu: “Vamos passar fome então, já que tanta comida fora é insalubre.” Fiquei chocado com a resposta. Como nós, adultos, devemos entender essas palavras de uma criança de apenas 4 anos?
Zhou Zhiwei é especialista em Brasil do Instituto da América Latina da Academia Chinesa de Ciências Sociais e secretário-geral do Centro de Estudos Brasileiros. Foi pesquisador visitante de relações internacionais na USP e no BRICS Policy Center da PUC-RJ. As suas principais áreas incluem estudo sintético do Brasil, política externa, estratégia internacional do Brasil, relações bilaterais e integração latino-americana.
Hummmmmmmmmm!
Prefiro degustar feijão-tropeiro acompanhado de uma dose de caipirinha.
ÔÔÔÔ,trem bão!
No Mercado , centro, em Diamantina, M.Gerais, com certeza, depois de ter assistido a belíssima VESPERATA.
É fantastico.
Uma coisa eles estao muito mais seguros do que nos:
apos a descoberta, a criminoso eh preso e nao sai apos assinar um termo e circunstanciado, como aqui ! e bem preso !
Ao menos os chineses quando decidem algo é pra valer, lembram do leite contaminado em 2008, os responsáveis ou foram para cadeia (prisão perpetua), ou foram mortos (pena de morte).
O brasil se esta trasformando num pessimo pais pra alimentacao.Acucar em quantiades, carnes e gorduras e alimentos industriais no lugar. Arroz e feijao,tanto saudavel e a verdura e frutta. E necessario un maior rigor, controlle e EDUCACAO?
Nossa!!! Como tem analfabeto. Falsificar com “c” a gente aguenta, mas gente com “j” ai e’ demais. Fredd joga seu pc no lixo e vai pra escola.
Primeiro meus cumprimentos pela matéria. Segundo será que poderia publicar na revista Jornal de Saúde, me autorize se puder.
Por último, deixo minha perplexidade com tamanho grau de criminalidade quando uma pessoa falsifica e grosseiramente um alimento como o ovo de consumo de massa. Como os alimentos transgênicos que vivenciamos essa “guerrilha” entre sua adoção segura e a intervenção na natureza que pode ser desastrosa para o futuro próximo. Como a qualidade do ar devido monóxidos de carbono no ar pelos carburadores, indústrias e cimento, aço e vidro que aumento o efeito estufa.
É preciso pedir as autoridades não apenas multas, mas apreensão, julgamento e prisão para sejam exemplos e futuros gasgsters e mafiosos não tentem jamais fazer uma atrocidade de tamanho vulto.
Não tem nada a ver com os transgênicos, pois neste caso já está provado que não fazem mal a saúde e que proporcionam vários benefícios ao meio ambiente. Infelizmente, por puro preconceito, muitos meios de comunicação contribuem para desinformação da população.
Marcelo, obrigado pelo comentário. Este artigo é exclusivo para o blog Vista Chinesa, mas você pode conversar com o Zhou Zhiwei para um novo texto. O e-mail dele está na página do blog, na seção perfil.
pelo menos eles não fazem empada e coxinha com carne humana!!
po xara ! infelizmente,
la nao tem pernambuco !
Minha amiga fez um estágio de 1 mês em Shanghai e não conseguiu se adaptar a comida local, a comida que ela gostou mais foi o yakosoba vendido na rua.
Ovo falso fabricado com aditivos químicos e gelatina?! Que isso…
É preocupante, o mundo é cheio de tecnologia, mas comida que é bom…
Talvez, num futuro, iremos comer tecnologia imaginando que é comida. Kkkkk! Triste, mas irônico.
no futuro nao muito distante, chegaremos em casa, vamos tomar um comprimido de picanha e um tablete de limonada ! ah ah ah
Nosssa até ovo chines falcifica!!!Meu Deus o racinha de jente cruz credo.
Você observou quantos erros de português foram cometidos na tua frase… Imagino que serás mais um brasileiro analfabeto funcional.
ah ah ah, teu comentario realmente eh “falcificado”, feliz ou infelizmente vc nao pertence aquela “jente” !
“Fredd” a adjetivação de “racinha” é mais cabível ás pessoas como você, que não mede suas palavras, por covardia, ignorância, mesquinharia e falta de escrúpulo. Genelarizar ou sofismar é a ferramenta perfeita das mentes obtusas ou tendênciosas.
Deus lhe abençôe e lhe dê bastante saúde.