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por Fabiano Maisonnave

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O paradoxo da ascensão chinesa

Por Vista Chinesa
09/05/12 10:45

Na madrugada fria, vigia dorme do lado de fora de uma concessionária Ferrari, em Hangzhou, leste chinês. (Fabiano Maisonnave/Folhapress - 18.mar.2012)

Por José Carlos Martins, do Rio de Janeiro

Na história econômica da Idade Contemporânea, a partir do século 18 até os dias atuais, nada mais singular do que a posição dominante que vem sendo atingida pela China.

Neste período de 300 anos, várias nações localizadas principalmente na porção norte ocidental do hemisfério assumiram posição destacada no cenário econômico mundial, como Reino Unido, Alemanha, França, Estados Unidos e a extinta União Soviética, além do Japão, no Oriente. Esses países disputaram por diversos meios, inclusive ideológicos e militares, a hegemonia umas sobre as outras e também sobre as outras nações não participantes desse processo.

Embora sempre ameaçadas economicamente e às vezes militarmente pelas outras potências, apenas Reino Unido e Estados Unidos foram as nações que realmente exerceram esse poder hegemônico de forma incontestável por longos períodos de tempo. Essas duas nações foram, cada uma em seu tempo, líderes  em termos do tamanho de sua economia, de sua corrente de comércio e de seu poder financeiro, medido pela capacidade de acumular reservas e de transformar suas moedas em referência e reserva de valor para todas as outras nações.

Além desses fatores, essas duas nações caracterizaram sua hegemonia também em termos de padrão de vida e de organização social e de projeção dessa hegemonia e dominância por meio do poder das armas.

Ao observarmos a China atual, é evidente a posição dominante que essa nação vem atingindo em vários dos quesitos acima mencionados. O tamanho de sua economia, medido pelo seu poder de compra, indica que a China já é a maior economia do mundo, considerando que um dólar pode comprar mais bens e serviços na China do que nos Estados Unidos.

A liderança da China em termos de comércio mundial (importações mais exportações) também é inconteste. É apenas uma questão de tempo para que a moeda chinesa, o yuan, seja conversível, e o mercado financeiro chinês, liberalizado de forma a permitir que essa moeda, assim como a libra esterlina durante o período hegemônico britânico e o dólar durante o período hegemônico americano, venha a exercer um papel mais importante no cenário econômico mundial, acompanhando a pujança de sua própria economia.

O governo chinês vem adotando uma série de medidas financeiras para aumentar a conversibilidade de sua moeda e assim expandir sua influência na economia mundial. Tamanho da economia, tamanho do comércio mundial e a penetração da moeda são os principais alicerces da hegemonia e dominância econômica, e a China está em vias de consolidar esses alicerces talvez em menos de uma década. A capacidade da economia chinesa para mostrar sua eficiência e sua primazia passará no seu maior teste quando da liberalização total de seus mercados financeiros. Mas esse é o preço a pagar caso a China queira realmente exercer sua liderança global. As medidas que vem sendo adotadas pelo governo chinês nessa direção indicam que eles compreendem a importância desse passo e já fizeram a sua escolha.

Olhando puramente pelo ângulo das tendências e do potencial de expansão da economia chinesa e considerando a sua grande população e todas as políticas que seus governantes vêm adotando, a eventual hegemonia econômica da China é muito menos uma questão de “se”, e sim de “quando”.

Nada é irreversível, e nenhuma nação está condenada ao sucesso inexorável. A China não é uma exceção a essa regra. Mas todo o desenvolvimento dos últimos anos, a massa crítica atingida pela economia chinesa e a distância dessa economia em relação à sua fronteira de crescimento já atingida pelos Estados Unidos e demais nações industrializadas do Ocidente nos permitem prever com grande possibilidade de acerto que, mais cedo do que se imagina, a China irá atingir uma posição hegemônica e dominante no cenário mundial. O pragmatismo e o compromisso com o resultado dos governantes chineses são outros pontos favoráveis a esse desenvolvimento.

Qual é, então, o paradoxo chinês?

Na realidade, são vários os paradoxos e neles residem as grandes ameaças à consecução dessa posição hegemônica. O primeiro paradoxo foi a rapidez da ascendência chinesa, surpreendente para os próprios chineses, que talvez preferissem passar despercebidos por mais tempo. Essa visibilidade atingida antes do tempo é motivo de entraves à projeção dessa hegemonia, começando pela desconfiança dos vizinhos e dos antigos parceiros comerciais.

Hoje, muito se fala sobre uma potência prematura ou precoce. A China estaria atingindo uma posição hegemônica muito antes de desenvolver outras características intrínsecas das potências semelhantes, como Reino Unido, no passado, e os Estados Unidos, atualmente.
Uma dessas características, e o segundo paradoxo, é o poderio militar. Embora a China venha aumentando seus gastos militares e desenvolvendo cada vez mais tecnologias, a China ainda está muito distante de deter um poderio compatível com seu poderio econômico ou capaz de fazer frente ao poderio militar americano e de outras nações do Ocidente.

A China do passado aprendeu amargamente o que significa tecnologia, capacitação industrial e poderio militar quando uma nação de mais 300 milhões de habitantes se viu derrotada em seu próprio território por uma nação de apenas 20 milhões de habitantes guerreando a 20 mil km de distancia de sua base. Não é sem razão que as quatro modernizações pensadas por Zhou Enlai e reforçadas por Deng Xiaoping eram agricultura, indústria, ciência e tecnologia e defesa, sendo a defesa o corolário das três primeiras modernizações.

As iniciativas americanas de criar uma zona de contenção na própria Ásia para limitar a expansão do poderio chinês é uma demonstração clara da desconfiança gerada pelo crescimento chinês. O maior parceiro comercial da China e até pouco tempo um aliado natural do processo de desenvolvimento econômico desse país parece estar mudando sensivelmente sua política em relação à potência emergente.

O terceiro paradoxo diz respeito ao nível de vida medido pela renda per capita. A China deverá atingir uma posição hegemônica muito antes de os chineses deterem um padrão de vida equivalente àquele atingido pelos britânicos e pelos americanos, cada um a seu tempo. É possível que a hegemonia econômica da China seja atingida num momento em que sua população possua menos da metade da renda per capita atingida pelos americanos.

Em termos de organização social, o paradoxo é ainda maior, uma vez que a maior nação economicamente falando do mundo é ainda administrada por um partido único cuja legitimidade se baseia apenas no resultado que consegue apresentar. Embora a China moderna tenha sido construída sobre os princípios do mercado, a matriz ideológica desse partido é absolutamente conflitante com a economia que ele próprio administra. Todos os países que exerceram poder hegemônico no mundo desfrutaram de tranquilidade internamente. Poder hegemônico usado interna e externamente tende a não ser duradouro ou sustentável, como o exemplo soviético parece indicar.

A eliminação desse paradoxo político talvez seja o maior entrave para que a China possa atingir a posição hegemônica que sua pujança econômica parece justificar. Muito mais do que apenas o resultado de um poderio econômico ou um conjunto de características que levam uma nação a uma posição dominante, hegemonia é um poder a ser exercido. É, além de uma substância econômica e militar, um ato de vontade política. Não obstante todos seus predicados, não está efetivamente claro que a China esteja preparada para exercer essa hegemonia mundialmente enquanto a modernização do seu sistema político, ou a quinta modernização, não avançar.

Na China de hoje, nada mais atual do que o velho adágio shakespeariano “Ser ou não ser, eis a questão”.

José Carlos Martins, economista, é diretor de Ferrosos e Estratégia da Vale. Sua coluna é publicada a cada 14 dias, às quartas-feiras.

About Vista Chinesa

A página Vista Chinesa é uma fonte de informação e análise sobre o principal parceiro econômico do Brasil. Conta com colaboradores calejados com a longa e cada vez mais frequentada ponte aérea entre os dois países e traz reportagens e análises produzidas pela Redação da Folha de S.Paulo, além de comentários do correspondente Fabiano Maisonnave, responsável pela edição.
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Comentários

  1. Otacilio Carvalho comentou em 09/05/12 at 9:16 pm

    Excelente Texto.

  2. Arlindo de Souza comentou em 09/05/12 at 8:15 pm

    Qualquer comentário e previsões sôbre acontecimentos futuros de qualquer país deve sempre considerar as variáveis -população, território, produção de alimentos ,água potável e poluição ambiental.

  3. Everton comentou em 09/05/12 at 7:55 pm

    A mim, parece algo superficial…

  4. Luiz Carlos Barbosa comentou em 09/05/12 at 6:45 pm

    Até agora, nada demais. Istive na china em 1983 e não consegui ver nada moderno, mas uma coisa me chamou a atenção a uniformidade da sociedade, eram pobres mas não miseraveis. Voltei em 1995 e com grande susto aquela China de 1983 não existia mais. Qual é o mistério. Apenas isto (atenção não vale para todos) fecharam totalmente o pais a tudo de fora e fizeram uma sociedade socialista, solidária e mais importante inovativa. Agora se abriaram para o mundo totalmente, então qual é o espanto? Tudo isto já foi conhecido inclusive por ditos socialistas da decada dos anos 70

  5. marco Antonio comentou em 09/05/12 at 5:27 pm

    O Mundo socialista deseja ardentemente a derrocada americana, mas ai vai um aviso, os EUA tem a seu favor o cristianismo, a ética, a moral e sua constituição baseada nestas premissas, um pais só cresce com ética, sabemos que existe uma crescente onda de imoralidade no mundo, mas como disse a presidente mundial da Xerox, “Inovar ainda é americano” e um pais baseado em partido único, não pode subsistir economicamente, além disso, os EUA são a única nação que apoiam Israel, e com esse apoio a vontade de Deus está sendo feita. PIB americano 16 trilhoes de dolares PIB Chines 8 trilhoes de dolares para refrescar a memoria. OK.

    • Antonio Mendes comentou em 09/05/12 at 11:35 pm

      ah, fala sério, ô meu!

    • Lucas comentou em 01/06/12 at 12:28 am

      etica ? ah ah ah
      acorda oh !

  6. joao artur graf comentou em 09/05/12 at 3:50 pm

    A CHINA ESPEROU 60 ANOS, DE ESTOQUE DA INFLAÇÃO USA, NOS TRAVESSEIROS DOS AVARENTOS EUROPEUS, APOENTADOS PELA INDUSTRIA DOS BENEFICIOS FISCAIS,TRABALHISTAS,ETC,QUANDO O EURO ENTROU NA MIDIA, OS DÓLARES ALMOFADAS,COLCHÕES,CRIPTAS,SEPULTURAS,ETC. ESTIMADO EM MAIS DE 5 TRILHÕES, FUGIRAM DA EUROPA PARA A CHINA,VIA RUSSIA, ASSIM A ECONOMIA SE INVERTEU, COM OS DÓLARES PODRES, SOBROU UMA LARANJA NA CAIXA PODRE DA EUROPA,A ALEMANHA.O RESTO É BAGAÇO DO TRUMAN,PLANO MARCHAL EM MARCHA,NOS PÉZÍNHOS DOS XINE$$$$$$$$$ZZZZZE$,DO PONTO.

  7. Christovam comentou em 09/05/12 at 3:26 pm

    Os chineses expulsaram os hunos por volta de 400 d.C..Suas grandes navegações, por volta até 1350d.C.. Depois se fecharam novamente. Daí, veio a guerra do ópio, boxers. O período dos senhores da guerra e o exército Cheng. A, sino-japonesa. E, na segunda guerra a China sofreu seu grande revés.Veio mais outra guerra civil, o exército vermelho ganhou. Veio a revolução cultural. Por fim, o dragão novamente saiu do ovo! Sabemos o que ocorre quando dois ou mais países lutam por hegemonia. Die Krieg. Clausewitz informa que para vencer a superioridade do inimigo, faz-se necessário investir em Defesa. Embora, Sun diga que na paz deve-se preparar à guerra. Será que a China está pronta para vencer seu estigma de adolescente, que resolve ir embora de casa, sair do ovo, para depois, quando descobrindo o mundo cruel, voltar a se fechar? Que o dragão, ainda hoje, um “aborrecente” pode vencer o medo dos hunos, se refugiando atrás de uma muralha ilusória, o socialismo. Ou, esperar o momento certo, se preparar, construir um porta-aviões, aumentar seu sistema de defesa nuclear estratégico, profissionalizar seus militares. Para se preparar para o futuro, o embate. Talvez, uma nova guerra-fria…E, o Brasil, apenas lustrando os velhos capacetes de nossos dragões, esquecendo a crescente influência política da China na Amazônia…

  8. Matheus comentou em 09/05/12 at 3:11 pm

    Gostei muito do texto, porém não concordo com o último paradoxo, o paradoxo político. Regimes totalitários tendem a não durar em outras culturas, mas a população da China está acostumada a governos totalitários, vivem esse tipo de governo a milhares de anos (desde a época imperial). Ou seja, esse tipo de governo para eles é o certo e é o que vem dando certo.

    Pra mim, o governo Chinês deve se adaptar às mudanças da economia e da sociedade, mas essa mudança não deve de maneira nenhuma virar uma revolução.

  9. Sérgio Machado. comentou em 09/05/12 at 2:19 pm

    A China será a bola da vez se aprender a fabricar arroz e feijão para sustentar seu povo faminto. País experto será aquele que souber exportar alimentos pra chinesada. Ninguém enche a barriga com comunismo e nem fabricando bugiganga a vida toda.

  10. claudio da cunha e silva filho comentou em 09/05/12 at 2:16 pm

    Acho que ainda temos que aguardar bastante, pois a pujância econômica tende a trazer a vontade de consumir e bam estar social, o que no caso da china e seu modelo político pode gerar grandes tensões internas. O povo chinês não é um povo único, e sim composto de várias etnias contidas pelo Poder Ditorial Estatal.Agora que a intenção hegemônica existe é verdade, basta ver os movimentos do Governo Chinês de adquirir terras, minas e propriedades outrs fora do País, principalmente a África, de maneira a poder autoalimentar-se em matérias primas e alimentos.

  11. Pedro Bruno Facca comentou em 09/05/12 at 2:00 pm

    ” O dragão avança ” como disse e escreveu o jornalista Aurélio Decker em seu livro.

  12. Stéphano Diniz Ridolfi comentou em 09/05/12 at 1:36 pm

    A China mostra a União Soviética que pro comunismo dar certo só faltava o capital

  13. Marcos comentou em 09/05/12 at 12:54 pm

    É o fim do império Sionista.Viva A China, Japão Coréa.

  14. Americo Luiz comentou em 09/05/12 at 12:53 pm

    Muito bem articulado o tema, indica grande conhecimento. Só peço que aprofunde futuramente na análise do impacto da política de partido único. No passado longínquo já tivemos grandes potências que dominaram o mundo sem o atual sistema democrático. Mesmo a Grécia antiga, dita berço da democracia, os romanos, e outros povos exerceram hegemonia sem democracia, ou talvez somente entre a diminuta classe dominante.

  15. Angelo Goulart comentou em 09/05/12 at 12:41 pm

    O Grande Paradoxo não é da china é do capitalismo que agoniza! João Goulart foi cruxificado por aproximar sabiamente da china comunista de Mão tse tung , Ronald Regan o republicano de Extrema Direita americano aproximou o seu País da china comunista a anos atrás já prevendo o que o capitalismo americano de Estado iria sofrer ! Só que o paradoxo continua ou salva todos com um modêlo novo, mais humanitario, fraternista,solidario, ou desta vez a humanidade será varrida da face da terra , pelo seu egoismo , individualismo, e o imperialismo!A humanidade esta farta de sistemas e regimes obsoletos que não trouxeram nenhuma solução para o coletivo humano em todo planeta! A Horaé agora o momento e este temos que salvar o planeta! enterrar as velha ideologias financeira! lucro! lucro! chega basta!Olhem a Europa até então modelo para todos nós ?

  16. douglas comentou em 09/05/12 at 12:22 pm

    se observarmos bem o crescimento chinês é espetacular, mas o PIB da china não dá nem a metade do PIB norte-americano e na lista da revista Fortune das maiores empresas do mundo e seus lucros as 10 primeiras são yankes, então não creio nesse poderio todo, mas mesmo assim vamos aguardar o longo prazo, ele irá nos dizer qual é de fato o poderio chinês.

  17. Celio Ferreira comentou em 09/05/12 at 12:20 pm

    Eu acho que a China , não vai ter hegemonia
    mundial, porque o maior intrave social é
    alimentar 1 bilhão de habitantes, êles conseguindo isto já é uma vitória. Dependem
    de varios países para que isto aconteça, até
    o Brasil tem papel preponderante neste aspecto. Numa Epoca de conflito o dinheiro não compra tudo.

  18. Maresi comentou em 09/05/12 at 12:12 pm

    Bom… acho que o maior paradoxo é que é um Estado Socialista… e vai dominar o mundo, e este paradoxo ninguém fala, ou seja, no fim, o socialismo parece estar vencendo.

    • Marivone comentou em 09/05/12 at 9:51 pm

      A China, de socialista, só tem o nome.

      O Socialismo não está vencendo coisa nenhuma, é o Capitalismo que está em decadência. Fato.

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