A mancha de Nanquim
19/09/12 18:03
Fabiano Maisonnave, de Nanquim
Na Folha desta quarta (19), há uma reportagem assinada por mim sobre o Memorial das Vítimas do Massacre de Nanquim pelos Invasores Japoneses. A visita coincidiu com o aniversário do início da ocupação japonesa, em 18 de setembro 1931. Infelizmente, acabei expulso do local pela polícia, simplesmente por ser jornalista estrangeiro.
Meses atrás neste blog, Eric Vanden Bussche também escreveu sobre o memorial.
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Muito antes do Império japonês o Reino Unido, Estados Unidos e França invadiram o Império chinês, usurpando suas riquezas, assassinando milhares de chineses e viciando milhões de cidadãos chineses com o ópio.
No século XX os impérios ocidentais, que nunca perderão o controle da China, apenas instigaram, tal qual na América Latina, a criação de um governo chinês ditatorial que assassinou milhões de opositores, que lutavam pela soberania chinesa.
Fabiano,
Os Estados Unidos, Reino Unido e União Soviética ajudaram a China a se livrarem da ocupação japonesa na Ásia.
O pai de um amigo, já falecido, foi soldado do exército japonês, foi capturado pelos soviéticos e mandado a um campo de concentração na Sibéria, conseguiu sobreviver e depois imigrou para o Brasil.
Abs.
No final da segunda grande guerra as tropas soviéticas invadiram a China pela Manchuria que engloba parte da Sibéria,da Mongólia interior até o mar do Japão. O objetivo era chegar até o Japão e ocupá-lo militarmente. Essa ação decisiva das tropas soviéticas teria levado os americanos a lançar as duas bombas atômicas sobre o Japão para agilizar a rendição japonesa antes da chegada dos soviéticos. Na década de setenta também conheci um técnico em hidráulica japonês que era mecânico de tanques de guerra que foi capturado pela russos e ficou preso na Sibéria por muitos anos antes de imigrar para o Brasil.