Taiwan entra na disputa entre China e Japão
28/09/12 16:50
Por Eric Vanden Bussche, de Pequim
Na terça-feira passada, ocorreu uma cena inusitada: a Guarda Costeira japonesa lançando canhões de água contra dezenas de pesqueiros taiwaneses que avançaram em águas das ilhas, conhecidas como Diaoyu em chinês e Senkaku em japonês.
Nas duas últimas semanas a disputa entre a China e o Japão em torno das ilhas têm se acirrado, após o governo japonês ter comprado as ilhas de seus ex-proprietários. Embora também reivindique as ilhas, Taiwan sempre preferiu assistir aos desdobramentos dessa disputa de longe, ao invés de se engajar. Protestos violentos antijaponeses, tão comuns nos últimos anos na China, eram raridade em Taiwan. E o governo taiwanês defendia a sua soberania sobre as ilhas perante o Japão de forma tímida, para não aborrecer o seu aliado. Taiwan não passava de um mero coadjuvante num enredo protagonizado pela China e o Japão.
Mas a situação mudou nesta semana. Além do confronto entre os pesqueiros taiwaneses e a Guarda Costeira japonesa, manifestantes saíram às ruas de Taipé para pedir a devolução das ilhas. O presidente de Taiwan, Ma Ying-jeou adotou uma posição mais dura na disputa territorial em comparação àquela de seus antecessores, contribuindo para a escalada das tensões.
Para especialistas como M. Taylor Fravel, do Massachusetts Institute of Technology (MIT), embora as imagens das embarcações taiwanesas sendo atingidas por canhões de água da Guarda Costeira japonesa sejam “dramáticas,” ele não acredita que o conflito territorial acabe azedando as relações entre Taiwan e o Japão, os dois maiores aliados dos EUA no Extremo Oriente. “Ma (Ying-jeou) está jogando principalmente para um público nacional e não vai querer prejudicar as relações com o Japão”, disse Fravel, em entrevista para a revista “Time.”
Embora Fravel tenha razão, essa posição mais agressiva de Taiwan _impensável até pouco atrás_ reflete uma transformação nas suas relações com a China e o Japão.
Se, durante a Guerra Fria, Taiwan se alinhava automaticamente ao Japão e aos EUA contra a China, hoje há uma maior ambivalência dos taiwaneses no âmbito regional.
A economia de Taiwan encontra-se interligada à da China. Além disso, desde que assumiu o poder, o presidente Ma Ying-jeou tem se dedicado em melhorar as relações políticas com entre Pequim e Taipé. Ma obteve enorme sucesso em apaziguar as tensões que caracterizavam o relacionamento entre ambos os governos. A posição mais crítica de Ma em relação ao Japão faz parte desses esforços.
Será interessante observar os desdobramentos da disputa territorial e o seu impacto nas relações entre Taiwan e o Japão. Não creio que esse conflito irá deteriorar os fortes laços entre Taipé e Tóquio, mas com certeza ocasionará certas mudanças na natureza desse relacionamento.
Talvez o superficial conhecimento que os ocidentais tenham dos acontecimentos da 2ª Guerra na Ásia façam com que pensem que as reações de revoltas demonstradas pelo povo chinês seja algo orquestrado e coordenado pelo governo – ou queiram ver assim por má-vontade com relação aos governantes chineses por questões ideológicas. Tanto faz.
Não sei quando, mas mais cedo ou mais tarde os que pensam assim, independente das suas motivações, descobrirão que não tem nada de simulado nessas demonstrações.
Quer um exemplo? Com muito carinho, lembro do meu finado avô e das histórias que me contava da China dos idos de 1910, 1920, até pouco após a 2ª Guerra, período que viveu na China. E também lembro, agora com raiva, que nunca conteve o choro toda vez que seus relatos recaiam sobre os japoneses e a II Guerra. Viu seu melhor amigo ser morto com a barriga aberta a baioneta por soldados japoneses. A filha de um conhecido foi currada antes de ser morta pelos invasores. Relatos como esses são extremamente comuns na China, basta saber mandarim e dar uma volta pelo país.
Ainda leio alguns quererem colocar panos quentes. Podem tentar, mas que será uma tarefa ingrata, disso nao tenham dúvida, justamente porque o ódio popular é genuíno e não fabricada por burocratas do governo.
Ah e se tiver tempo ainda vou aprender coreano porque quero entender o que os japoneses aprontaram naquele país durante a 2ª Guerra ouvindo oidioma original, sem traduções de terceiros e intermediários.
Salário do professor no Brasil é o 3º pior do mundo
É o que mostra pesquisa feita em 40 países pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) e a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco) divulgada ontem, em Genebra, na Suíça.
A situação dos brasileiros só não é pior do que a dos professores do Peru e da Indonésia.
A China sobreviveu a predações externas de toda natureza. No chamado “Século da Humilhação”.
A Inglaterra impôs o ópio aos chineses pela força de seus canhões e depois tomou Hong Kong.
Alemanha, França e Estados Unidos se locupletaram também com a China combalida depois de ser batida pelos britânicos nas infames Guerras do Ópio.
E o Japão, bem, o Japão fez horrores, o último dos quais foi pegar na Segunda Guerra Mundial para si ilhas chineses que agora diz, cinicamente, que sempre foram suas.
A China, graças à força da cultura confucionista, sobreviveu a todos os inimigos externos. No passado remoto, os mongóis ocuparam o país, mas a cultura confuciona prevaleceu e os ocupantes foram assimilados, em vez de assimilar.
O mesmo se repetiu como Manchus dos imperadores Qin´s durantes séculos.
Por isso a China é multicultural e multi-étnica.
A China sobreviveu a predações externas de toda natureza. No chamado “Século da Humilhação”, a Inglaterra impôs o ópio aos chineses pela força de seus canhões e depois tomou Hong Kong.
Alemanha, França e Estados Unidos se locupletaram também com a China combalida depois de ser batida pelos britânicos nas infames Guerras do Ópio. E o Japão, bem, o Japão fez horrores, o último dos quais foi pegar na Segunda Guerra Mundial para si ilhas chineses que agora diz, cinicamente, que sempre foram suas.
Japoneses estão sempre arrumando encrencas.Matam baleias e golfinhos e dizem que é para fins cientificos.Eta povinho encrenqueiro!